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1940

Gramática da Língua Inglesa é publicada em Porto Alegre

Em 1880, Frederico Fitzgerald publicou A gramática da língua inglesa em Porto Alegre. Em 1940, saiu sua 34ª edição, revista e ampliada. A gramática foi muito usada na primeira metade do século XX. Trazia listas de palavras com a respectiva tradução, conjugações verbais e exercícios de tradução. Depois da obra, vieram muitas outras, com transcrição fonética e algumas até com gravações em disco para indicar a pronúncia.

Fonte: Ensaio “Ensino de língua inglesa no Brasil: As páginas que estão sendo viradas, de Juliana Alves dos Santos e Diógenes Candido de Lima, e artigo “História do material didático, de Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

1942

Ministro Gustavo Capanema torna ensino de quatro línguas obrigatório

Já imaginou alunas e alunos saírem da escola falando quatro línguas ou mais? É o que pensou o ministro da Educação e Saúde Gustavo Capanema, grande reformador no ensino secundário e superior. O ministro destinou 35 horas semanais aos idiomas, ou seja, 15% do currículo. No ginásio, era obrigatório estudar latim, francês e inglês; no colegial, francês, inglês e espanhol. No curso clássico, escolhia-se entre latim e grego. 

Fonte: site Helb

1945

Decreto oficializa a atuação do British Council no Brasil

Em agosto, o presidente Getúlio Vargas assinou o decreto n. 19.446, que oficializou a atuação do British Council no Brasil. Sua missão continua a mesma até hoje: fortalecer os laços entre o Brasil e o Reino Unido nas áreas de artes, educação e língua inglesa. Na época, a organização distribuía muitos estágios e bolsas de estudo em instituições britânicas. Além disso, incentivava a criação de unidades da Cultura Inglesa nas principais capitais brasileiras.

Fonte: Site British Council – Nossa história no Brasil

1950

Universidades estadunidenses desenvolvem método de ensino

Era também chamado de Método do Exército e foi desenvolvido por universidades estadunidenses para ensinar inglês a indígenas e latinos-americanos arregimentados. Com base em teorias estruturalista e comportamentalista (do inglês, behaviorista), o método consiste em expor estudante à comunicação oral a ponto de ele falar como uma pessoa nativa dos EUA. O exército dava pouca atenção à escrita. Em vez disso, priorizava o ato de escutar, repetir, memorizar e fazer exercícios orais com palavras e frases feitas.

Fonte: Aula “Métodos de ensino de línguas: Uma visão geral, de Ana Flora Schlindwein e Paulo Boa Sorte

1950

João Fonseca defende modelo didático com ênfase na língua falada

Ao final dos anos 1940, os manuais de gramática e tradução dão lugar a livros didáticos com ênfase na língua falada. No Brasil, João Fonseca defendeu o modelo com os livros Spoken English e New Spoken English (Inglês Falado e Novo Inglês Falado, em português). Muitas escolas adotaram seus livros nas décadas de 1950 e 1960 para o curso ginasial, equivalente aos anos finais do Ensino Fundamental. A proposta didática era o pattern drill, um tipo de exercício em que a aluna ou aluno repete a mesma estrutura básica, modificando alguns elementos.

 

Fontes: Artigo “História do material didático, de Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva e capítulo “A história dos métodos de ensino de inglês no Brasil, de Dörthe Uphoff

1950

A primeira franquia de idiomas inicia seus trabalhos no país

O Instituto de Idiomas Yázigi (nome original na época) começou em uma única sala de um edifício paulista e foi a primeira escola de idiomas a ter um sistema de franquia no país. Seus fundadores, Fernando Heráclio Silva e César Yázigi, promoveram a língua inglesa e expandiram o ensino. Posteriormente cederam a gestão familiar da empresa para o grupo Multi (depois adquirido pela Pearson). Hoje, o Yázigi permanece presente em diversas capitais e grandes cidades do Brasil.

1952

Fisk propõe um método de ensino

Em 1950, Richard Fisk veio ao Brasil visitar seu irmão e resolveu ficar. Começou a dar aulas de inglês, inclusive em programas da TV Tupi e da TV Rio. Sua primeira escola, aberta em 1952, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, começou com sessenta estudantes. Richard desenvolveu material didático com base nas diferenças entre estruturas gramaticais do português e do inglês e criou um modo organizado de apresentá-las. A Fisk iniciou o seu sistema de franquias em 1962.

Fonte: Site Fisk 

1960

Músicas de artistas de diversos países ajudam a disseminar a língua inglesa

A chegada dos novos meios de comunicação no Brasil – como o telégrafo, o telefone e a televisão – aumentaram a influência dos Estados Unidos e da Inglaterra no Brasil. Na década de 60, as músicas em inglês, por exemplo, traziam mensagens sociais, políticas e espirituais. Letras como as de Bob Marley, Bob Dylan, John Lennon, Joan Baez e os Beatles, muito populares na época, aumentaram o prestígio do idioma e contribuíram para movimentos de denúncia contra a injustiça e a consciência sobre a realidade no país e no mundo.

Fonte: Ensaio “Ensino de língua inglesa no Brasil: As páginas que estão sendo viradas, de Juliana Alves dos Santos e Diógenes Candido de Lima

1960

Três tipos de cursos de línguas são ofertados no país

Na época, o ensino de línguas em escolas regulares era precário, e cursos comerciais privados eram uma alternativa. Os institutos binacionais (Cultura Inglesa e Centros Binacionais Brasil-Estados Unidos) destacavam-se pela qualidade, enquanto os cursos franqueados tinham grande apelo, graças a investimentos em publicidade, além de planos e materiais prontos e unificados. Havia também os cursos de escolas independentes, com docentes que não seguiam a didática de um franqueador.

Fonte: Artigo “Breve trajetória da língua inglesa e do livro didático de inglês no Brasil, de Gislaine P. Lima, da Universidade Estadual de Londrina

1960

Livros didáticos de inglês são escritos, editados e impressos no Brasil de forma massificada

A popularização do ensino de inglês, na década de 60, levou a uma maior concorrência entre editoras na publicação e distribuição de livros didáticos. Para baratear a produção, os livros passaram a ser escritos, editados e impressos no Brasil de forma mais massificada. Foi um sucesso nas escolas de inglês. Além do preço mais acessível, as edições nacionais tinham maior variedade e adequação ao perfil de estudantes brasileiros.

Fontes: Dissertação de mestrado Ouvindo a voz do (pré)adolescente brasileiro da geração digital sobre o livro didático de inglês desenvolvido no Brasil, de Márcia Castelo Branco Nogueira, PUC-Rio e artigo “Breve trajetória da língua inglesa e do livro didático de inglês no Brasil, de Gislaine P. Lima, da Universidade Estadual de Londrina

Década de 1960 em diante

Franquias de ensino padronizam materiais didáticos e impulsionam o acesso à língua inglesa

Desde a década de 1960, as franquias de inglês investiram em publicidade, com ênfase no plano didático e no livro-texto. Esses materiais comerciais eram produzidos localmente e junto com professores de língua inglesa. A ideia era garantir a padronização de seus métodos de ensino, ou seja, que pudessem ser aplicados da mesma forma em diferentes salas e com o mesmo nível de qualidade em todas as unidades da rede. Esse sistema impulsionou o ensino e o acesso à língua.

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