Cidinha nasceu em 1967, em Belo Horizonte. Desde criança se interessava pela literatura, mas escolheu a história como formação acadêmica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Publicou teses e artigos que tratam dos seus principais temas na ficção, como o lugar do negras e negros e as tradições culturais e espirituais de tradições das raízes de matrizes africanas.

Cidinha já teve obras traduzidas em inglês, espanhol, catalão, francês e italiano e faz da cultura afro-brasileira exportadora de cultura. Seus livros receberam prestígio e prêmios no Brasil e no mundo. Explosão feminista, ensaio da qual é coautora, foi indicado ao prêmio Jabuti, e o seu livro de contos, Um exu em Nova Iorque, ganhou o prêmio da Biblioteca Nacional. 

Nele, Cidinha trata da diáspora negra. As culturas e tradições africanas são o fio condutor para a situação do negro em diferentes partes do mundo. Com a tradução do livro para diversas línguas, a sua leitura e a construção de seu significado se expandem alcançando uma dimensão internacional.

Além de livros, Cidinha também escreve peças de teatro, como Sangoma: Saúde às mulheres negras e Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas. Assim como nos livros, em suas peças Cidinha também busca a temáticas afro-brasileiras. Resgata histórias pouco retratadas em encenações críticas e atuais.

Cidinha escreve ainda sobre sociedade e política. Além de manter um blog sobre atualidades, possui duas obras de não ficção a respeito da situação de populações negras no Brasil e tem obras de referência para o Capes, agência federal do ensino superior no Brasil.

Entre livros e teses, cumpre seu desejo de retratar e estudar as relações entre africanidades, o Brasil e o mundo.